2 de dez de 2020

Boas práticas de manejo podem otimizar a produtividade de bovinos

Com maior rebanho comercial do mundo, Brasil é referência na bovinocultura

O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo. São mais de 200 milhões de cabeças de gado espalhados pelas propriedades de Norte a Sul do país, sendo também o maior exportador e um dos maiores consumidores de carne bovina do mundo. 

Com isso, a criação de gado abastece os mercados interno e externo, tendo o setor da pecuária como representante de uma fatia de extrema importância na economia do país.

De modo geral, o termo criação de gado é designado para definir a produção de animais no Brasil em diferentes tipos de criação, com finalidade de abastecer o mercado interno e externo. Mas, historicamente, os bovinos ganharam extrema importância em todos os continentes como fonte de alimentos importantíssimos para o homem: leite e carne.

O setor agropecuário passa por constantes evoluções e destaca uma profissionalização cada vez maior. Assim, preceitos de bem-estar animal e boas práticas de manejo têm grande importância nos dias de hoje, o que torna a atividade melhor para todos os envolvidos.

Boas práticas de manejo de bovinos

As boas práticas de manejo são, na verdade, um conjunto de procedimentos a serem observados por produtores rurais durante a criação. Eles buscam tornar os sistemas de produção mais rentáveis e competitivos, ao mesmo tempo em que garantem o cuidado e o conforto com os animais que participam do processo.

Entre os exemplos de grande importância nas boas práticas de manejo animal, podemos citar:

  • Oferecer boa alimentação e fonte de água constantes;
  • evitar situações estressantes para os animais;
  • garantir o conforto físico e térmico do gado; 
  • contar com espaço com sobra para proteger os animais do calor intenso e de intempéries como chuvas;
  • prevenir contra dor e doenças, mantendo a vacinação em dia;
  • adequar fisicamente a propriedade, garantindo boas condições de currais ou galpões de confinamento;
  • disponibilizar a alimentação do animal em estruturas adequadas, como os cochos (apropriados tanto para gado confinado quanto para animais criados a pasto que recebem suplementação);
  • qualificação e preparo adequado das pessoas que terão contato com os animais em todas as etapas, incluindo engorda, condução nas pastagens, atendimento veterinário e transporte, entre outros.

Seguindo as indicações que garantem o bem-estar do gado durante o período pré-abate é possível tanto garantir uma produção farta quanto de qualidade. Prova disso é que alguns dos cortes bovinos mais caros em todo o mundo têm preços exosbitantes, justamente, pelo trato oferecido aos animais. 

Um bom exemplo disso é o corte das raças japonesas Wagyu, que é criada com direito à massagens e música clássica e cuja peça pode custar mais de 4 mil reais.

Raças de corte

Entre as raças mais comuns de gado bovino de corte no Brasil, podemos citar nelore, angus, brahman, brangus, charolês, senepol, limousin, devon, braford. 

Além das citadas, também se destaca o canchim, que vem figurando como uma excelente opção para os criadores. Isso porque, além de ter carne de ótima qualidade, é uma raça rústica que se adapta às condições naturais brasileiras.

Como resultado de um bom manejo, consegue-se uma melhoria na eficiência produtiva e econômica na pecuária, essencial para o mercado agroindustrial brasileiro.

Por Mayk Alves é fundador do Portal Vida no Campo e Agro20.

Neto de lavradores, sempre esteve envolvido com as atividades do campo e tem por missão disponibilizar informações sobre o mundo do agronegócio de maneira objetiva e dinâmica.

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