29 de dez de 2020

Subproduto/coproduto do algodão na alimentação animal

Na verdade, o algodão possui mais de um subproduto/coproduto, vindo de diferentes mercados, porém, utilizados para a mesma função. 

 A Índia é o maior produtor de algodão do mundo. O Brasil é encontrado na quinta colocação de países produtores de algodão com uma produção bastante difundida em vários estados. 

A produção de algodão no Brasil é crescente. Investimentos em tecnologia reforçam esse crescimento devido à alta demanda do mercado têxtil, tanto interno quanto externo (para exportação). Além de ser utilizado como matéria-prima no mercado têxtil, ele também pode ser utilizado na indústria alimentícia e pela indústria de cosméticos, para a fabricação de óleos (tanto comestíveis quanto para cremes), além de poder ser utilizado para fabricação de biocombustíveis. 

 A alta demanda e a grande versatilidade de utilização do algodão, resultam em diferentes subprodutos/coprodutos, depois de todo o processamento são gerados diferentes resíduos. Quais são eles? Alguns dos resíduos do algodão são: a torta de algodão, caroço de algodão e o farelo de algodão. São resíduos bastante populares, que vem sendo conhecidos cada vez mais, principalmente pelo alto potencial de sua utilização na alimentação animal, mais especificamente, para os ruminantes. 

 • Caroço de algodão: grande parte desse resíduo é gerado pela indústria têxtil, originado a partir de um processo chamado de descaroçamento, que é quando a pluma (material de interesse da indústria têxtil) é retirada. Seu teor de proteína bruta é de 23% e uma alta densidade energética (19% de extrato etéreo, aproximadamente); 

• Torta de algodão: a partir de uma prensagem mecânica para extrair o óleo do caroço, se tem acesso a torta de algodão, com aproximadamente 45% de proteína bruta; 

• Farelo de algodão: através da prensagem do caroço e da utilização de solventes químicos se tem acesso ao farelo de algodão. Como utilizar os resíduos do algodão? Os resíduos do algodão vêm sendo ponto de partida em várias pesquisas científicas e os resultados mostram a eficácia da sua utilização como suplementação alimentar para ruminantes, como uma fonte de energia e de proteínas de baixo custo. 

E para que serve os resíduos do algodão? Além da suplementação alimentar como uma fonte de energia e proteína para os ruminantes, destaca-se outros pontos positivos na produção. Como a redução de custos, a diminuição da competição por outro alimento proteico (como a soja, que possui um valor mais elevado, por exemplo), a redução dos impactos ambientais que os resíduos poderiam causar quando descartados e o não comprometimento do desempenho animal, o uso dos resíduos não diminui e não prejudica o acesso aos produtos finais. 

 É sempre válido ressaltar a importância de se consultar um profissional, seja um zootecnista ou veterinário, para adequar as quantidades necessárias para a alimentação dos animais para não exceder o necessário. 

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Por Vinicius Ferarezi

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