Dieta balanceada é a regra na pecuária comercial para todas as cadeias produtivas
Para garantir o sucesso na criação de animais é preciso ter em mente que cada animal tem exigências nutricionais diferentes, que podem variar de acordo com a idade, peso e atividade ou finalidade a que se destinam.
Uma alimentação balanceada mantém, não só a produtividade na pecuária, mas também a saúde dos animais. Isso porque uma alimentação deficitária pode resultar em perda de peso dos animais, doenças e, consequentemente, baixa produtividade e prejuízos.
Na pecuária, a alimentação é responsável por um dos maiores custos para os produtores. E a composição da dieta deve ser estabelecida com base no valor nutricional e também no custo dos ingredientes disponíveis.
Assim, é necessário suprir as demandas dos animais por proteínas, fibras e minerais, para que todos os objetivos da criação sejam atingidos.
Nutrição especial para cada tipo de criação
Gado leiteiro
Para as vacas leiteiras, por exemplo, é importante fornecer alimentação adequada em cada etapa da vida: na cria, recria, engorda e durante o período produtivo. Isso porque, no caso do gado leiteiro, uma boa alimentação pode representar até 50% da produtividade do leite.
Normalmente, as vacas recebem dois tipos de alimentação, chamados de volumoso e o concentrado.
O alimento volumoso pode ser composto por pastagem ou silagem de milho, com muita proteína e energia. No inverno, a silagem pode ser de ingredientes como aveia ou azevém, que também concentram boa quantidade de proteína.
O alimento concentrado, por sua vez, pode ser composto por farelos de soja, trigo e milho, além de preparo que contenha minerais.
Gado de corte
O gado de corte destinado a produção comercial também recebe alimentação concentrada e volumosa. O animal criado no sistema de confinamento recebe silagem com algum concentrado.
Os farelos são muito comuns na dieta dos ruminantes e até de aves. E a quirera de milho é um bom exemplo dessa composição, sendo produzida por meio de um processo de beneficiamento e moagem que resulta em opções de grãos finos, médios e grossos.
Vale citar que, do ponto de vista nutricional, é considerado que quanto menor o tamanho das partículas, maior o contato desse alimento com os microrganismos ruminais e enzimas digestivas; o que favorece a digestão e a absorção pelo animal.
No caso do animal criado a pasto, é preciso uma pastagem de qualidade que complemente a ração com macros e micros minerais e vitaminas. Algumas forrageiras podem ser boas opções, como é o caso do capim tanzânia, que pode integrar a dieta não só do gado, mas também para caprinos e ovinos.
Frango
Frangos em crescimento, com até oito semanas de vida, podem receber ração de crescimento. Frangos de postura, a ração deve conter um nível de proteína próximo a 16% e, no caso de frangos de corte, a ração pode conter até 20% de proteína.
Os frangos de postura com 20 semanas de vida já podem receber ração especial de postura. No caso dos frangos de corte, a ração final peletizada (que contém de 16 a 20% de proteína) pode passar a fazer parte da dieta a partir de seis semanas de vida.
Suínos
Os suínos adultos têm a alimentação baseada, por exemplo, em compostos de cereais como o milho, trigo e cevada. Vale citar que a alimentação dos suínos baseada em cereais tem um impacto de até 70% nos custos da produção.
Por último, mas não menos importante, é preciso lembrar que todos os animais precisam de fontes de água limpa disponíveis o tempo todo; já que a hidratação dos animais é imprescindível para o bem-estar e o desenvolvimento deles.
Por Mayk Alves é fundador do Portal Vida no Campo e Agro20.
Neto de lavradores, sempre esteve envolvido com as atividades do campo e tem por missão disponibilizar informações sobre o mundo do agronegócio de maneira objetiva e dinâmica.