O desenvolvimento de fontes alternativas para a nutrição do rebanho reduziu o bolso dos pecuaristas.
Na pecuária atividade onipresente em todo o Brasil a nutrição animal responde pela maior parte do custo da produção de leite e carne. Isso significa que os criadores estão sempre à procura de rações alternativas mais baratas e de qualidade para complementar a nutrição de seus animais e ajudálos a manter o peso ideal e a boa saúde.
Geralmente esta procura é para encontrar um substituto para o milho, que é utilizado como fonte de energia para a pecuária, mas a um custo elevado.
Nas últimas décadas, muitos subprodutos ou coprodutos agrícolas, derivados de resíduos alimentares e subprodutos de atividades agrícolas e agrícolas, têm sido considerados como fonte alimentar alternativa.
Esses itens substituem ou complementam ingredientes tradicionais, como fubá ou soja. Essa alternativa permite que os agricultores economizem na alimentação do gado sem sacrificar a qualidade da ração fornecida aos animais.
Exemplos desses substitutos incluem:
- Farelo de girassol.
- Resíduo de milho.
- Bagaço, laranja e mandioca.
- Polpa cítrica.
- Amendoim e casca de arroz.
- Palha de feijão.
Segundo a Embrapa, quando se tem mais opções de ingredientes na alimentação, também aumentam as chances de atender as condições nutricionais dos rebanhos, com respostas satisfatórias na quantidade de peso ganho.
Este novo cenário adquiri cada vez mais força, movido, por exemplo, pela tendência de elevação no preço do milho e o receio com vínculo à oferta, devido à demanda aquecida – interna e externa na busca pelo grão.
Para ter uma ideia da relevância do milho na alimentação animal, além de ser utilizado para compor rações e na fase de terminação de gado em confinamento, também engloba a alimentação de suínos e frangos.
Portanto, além de econômicos, os alimentos alternativos também podem ser uma boa opção em épocas de seca, quando o pasto se torna escasso e de baixa qualidade. Dessa forma, o uso de diferentes alimentos pode representar um melhor padrão alimentar em períodos de seca em regiões alternativas do Brasil. No caso do gado, a disponibilidade de forragem acaba afetando o desempenho do gado, levando à perda de peso e menor produção de leite.
Outra alternativa é o uso de capim-elefante. De fácil cultivo, proporciona alto rendimento de matéria seca e bom valor nutricional, utilizado para formação de plantas daninhas. Segundo pesquisa da Embrapa, um hectare de capim, se bem manejado, produz forragem para alimentar de 10 a 12 vacas ao longo do ano. Durante a estação chuvosa, a grama também dá maior rendimento.
Assim, o uso de rações alternativas traz muitos benefícios ao criador, desde que o custo do produto e o desempenho da pecuária pode ser avaliado com base na composição de cada tipo de matéria-prima.
By Mayk Alves é o fundador da Vida no Campo Portão e Agro20.
Neto de lavradores, está sempre envolvido nas atividades de campo e tem a missão de fornecer informações sobre o mundo da agricultura de forma objetiva e dinâmica.