O milho, assim como a soja, é muito utilizado na nutrição animal e esse grão também possui um subproduto/coproduto a ser conhecido.
Atualmente, o Brasil se encontra em terceiro lugar no ranking de países produtores de milho e o estado do Mato Grosso é o maior produtor nacional. Por se tratar de um grão muito versátil, o milho gera uma “competição” entre alimentação animal e a nossa alimentação. Ele é frequentemente associado a soja, devido ao concentrado proteico oferecido na produção animal e muito utilizado como matéria-prima na indústria alimentícia para produção de cereais, óleos, farinhas, enlatados, além de poder ser utilizado na produção de biocombustíveis, como o etanol. A partir da produção do etanol é gerado um resíduo conhecido como DDG.
#4 DDG do Milho
Existem diversas vantagens ao se utilizar biocombustíveis, principalmente relacionadas ao meio ambiente. É muito importante que, em um processo de produção, consiga-se aproveitar ao máximo os rejeitos, e no caso do etanol, o subproduto/coproduto conhecido como DDG é utilizado na nutrição animal.
A sigla “DDG” veio do inglês, que significa: grão seco de destilaria. No processo de produção do etanol, o milho passa por alguns estágios para a extração do amido. Ele é submetido a moagem, fermentação e destilação, que é onde se consegue o etanol. Em seguida ele passa pelo processo de centrifugação, que é onde se tem acesso ao WDG que são os grãos úmidos de destilaria. A partir de um processo de secagem, se tem acesso ao DDG, que são os grãos secos de destilaria. Posterior a esses processos, podese adicionar solúveis (xaropes) aos resíduos, dando origem ao DDGS, que são os grãos secos de destilaria com solúveis.
Existem diversas vantagens de se utilizar o DDG na produção de gado de corte e leite: o DDG é um resíduo com elevada porcentagem de proteína, podendo substituir o farelo de soja, por exemplo; como o amido foi retirado no processo de produção do etanol, ele diminui o risco de acidose ruminal; possui também uma grande quantidade de fibras, o que facilita o processo de digestibilidade. Outro grande ponto positivo é que os estudos já apontam a possibilidade do fornecimento do DDG na alimentação de suínos.
É sempre importante lembrar que a alimentação precisar ser fornecida na quantidade adequada para os animais, para evitar o excesso de fósforo, cálcio e proteína na alimentação.
Na Agro2business.com você também pode vender o seu produto agro de qualquer segmento!
Por Vinicius Ferarezi 06/11/2020